quinta-feira, 21 de junho de 2012

Magia e Mitologia acerca dos Corvos

Os celtas acreditavam que o Corvo era um presságio de morte e conflito, sendo também associado a transformações mortais. Outra crença era que os pássaros eram fadas que se transformavam para criar problemas. Apesar disso outras qualidades mágicas também eram atribuídas a eles, como por exemplo: A sabedoria, mutação de forma física, eloquência, profecia, ousadia, habilidade, astúcia, esperteza e roubos. Na Idade Média, as pessoas criam que praticantes de Magia Negra e bruxas usavam o símbolo do pé do corvo para lançar feitiços de morte.
Já na cultura nativa da América do Norte, apesar de não parecer, o corvo não era um mau sinal. Não há informações de nenhuma tribo americana onde os corvos eram vistos como presságios de morte. Com certeza, o oposto; corvos eram (e ainda são) considerados símbolos de boa sorte por muitas tribos. No folclore Nativo Americano, a inteligência dos corvos geralmente é colocada como sua característica mais importante. Em algumas tribos, o corvo é confundido com o pássaro “raven”, um parente do corvo que compartilha muitas das mesmas características.  Um dos Espíritos de Corvo representados na mitologia Nativo Americana é o Corvo Mãe.
A maior parte das tradições europeias vê o corvo como sinal de morte e problemas, enquanto as culturas ameríndias acreditam que os corvos eram tanto um símbolo sagrado quanto um símbolo de esperteza. Eles podem ser ensinados a se comunicar com pessoas e a contar. Corvos são travessos e gostam de roubar itens brilhantes, mas são desconfiados e tímidos. Alguns corvos vivem em bandos, fazendo ninhos nas copas das árvores. Existem sentinelas que avisam do perigo. Esses animais têm uma linguagem complexa. Outros corvos são solitários ou vivem em pares. Eles matarão animais doentes e comerão as carcaças que encontrarem o que pode ser visto como um auxílio ecológico. Eles são chamados de diferentes nomes na Grã-Bretanha, tais como: “Carrion Crows”, “Rooks” ou “Jack Daws”. Apesar de raros, corvos brancos já foram encontrados.

Lendas de tribos americanas sobre corvos:
- “O Corvo Arco-Íris”
- “Como o Corvo Ficou Preto”
-“Irmão Corvo e Irmão Búfalo”
- “Os Potes Mágicos” é uma história dos índios Chippewa sobre crianças desobedientes que se transformaram em corvos.
-  “Quando Os Animais Deixaram a Terra de Lenapé” é uma lenda dos índios Lenapé sobre gigantes e corvos que ensinaram às pessoas uma lição de respeito aos animais.
- “A Criação do Mundo”


O CORVO ARCO-ÍRIS:
O Corvo Arco-íris era bonito de se ver e ouvir nos tempos em que nunca ficava frio, nos tempos dos Dias Antigos, antes do Espírito da Neve aparecer no mundo.
Quando o Espírito da Neve apareceu, todos os animais e pessoas estavam congelando e um mensageiro foi selecionado para subir e falar com “Kijilamuh ka’ong”, O Criador Que Cria Ao Pensar No Que Vai Ser.  A missão do mensageiro era pedir ao Criador que ele pensasse num mundo mais quente, para que eles não gelassem até morrerem.
O Corvo Arco-íris foi escolhido para ir e ele passou três dias voando para o alto. Ele conseguiu a atenção do Criador cantando belamente, mas mesmo tendo implorado para que o Criador fizesse o mundo mais morno, o Criador disse que não podia, pois tinha pensado no frio e não podia desfazer o pensamento. Mas Ele pensou no Fogo, uma coisa que esquentaria as criaturas mesmo que estivesse frio. E então Ele colocou um graveto no Sol até que começasse a pegar fogo e entregou-o ao Corvo Arco-Íris para que este o trouxesse para as criaturas da Terra. O Criador disse ao Corvo Arco-Íris que fosse rápido antes que o graveto queimasse por completo. 
O Corvo Arco-Íris voou para baixo o mais rápido que pôde. O graveto quente carbonizou todas suas belas penas até elas ficarem pretas, e como estava carregando um graveto queimado no bico, ele respirou fumaça até sua voz ficar rouca.  
E então o Corvo Arco-Íris era preto e tinha uma terrível voz esganiçada para sempre, mas todas as criaturas o honraram por trazer o Tindeh, fogo, para todos usarem.
O Corvo, nos dias de hoje, ainda É honrado por caçadores e animais que nunca o matam por comida. E se você chegar perto de suas penas negras ainda pode ver as cores do arco-íris brilhando no preto. 


Um comentário:

  1. And the raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
    On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
    And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming.
    And the lamplight o'er him streaming throws his shadow on the floor;
    And my soul from out that shadow that lies floating on the floor

    Shall be lifted--- nevermore!

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